Caso ocorreu no Hospital Regional de Vitória da Conquista, na Bahia.
Paciente estava internada desde o dia 7 de novembro. Morte foi no dia 22.
Aparelho de tomografia do HGVC está quebrado há
cerca de um mês (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)
cerca de um mês (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)
Após mais de 15 dias internada e aguardando exame de tomografia computadorizada
no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), na região sudoeste da
Bahia, Marinalva Feitas Ferreira, de 57 anos, veio à óbito no sábado
(22). A informação foi confirmada pelo filho da paciente, Vitor Freitas,
na tarde desta segunda-feira (24).
Freitas contou que a mãe foi levada para o hospital com uma infecção
generalizada, um dia após uma cirurgia de correção de hérnia, realizada
em unidade de saúde privada, no dia 6 de novembro. Por conta do
problema, ele detalha que os médicos solicitaram com urgência a
realização da tomografia.
Em nota, a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
confirmou que o aparelho de tomografia apresenta problemas no gerador
de energia há mais ou menos um mês.
No documento, a Sesab explica que o contrato com a atual empresa de
manutenção não pôde ser renovado, porque a companhia estaria com
pendências no cadastro da Secretaria de Administração do Estado (Saeb),
mas que a direção do HGVC procurou outra empresa para realizar a
manutenção. O problema, segundo a nota da Sesab, é que o orçamento para a
reposição de duas peças do tomógrafo ficou em quase R$ 130 mil, valor
que, por lei, exige a realização de licitação. O comunicado ainda
informa que tanto a Sesab quanto o HGVC estão tentando solucionar o
problema o mais rápido possível.
Já a assessoria do HGVC destacou que a paciente se encontrava em estado
muito grave de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas e que, em casos
como este, a necessidade de exames de imagem para diagnóstico é
superada pelo elevado risco iminente de morte, quando o paciente é
retirado do leito. Em nota o HGVC acrescenta que qualquer tipo de
transporte, tanto intra-hospitalar quanto extra-hospitalar, representava
um risco elevado para a paciente sendo, portanto, contra indicado. O
hospital alega que, no caso de Marinalva, a tomografia não mudaria a
conduta, apenas teria utilidade para melhor elucidação diagnóstica, e
que a decisão de não fazer a tomografia foi feita por uma equipe
multidisciplinar, priorizando a segurança da paciente. G1
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